Raiva, medo, alegria, tristeza e amor. Essas são as cinco emoções basicas, inerentes à natureza humana. Todas elas possuem o seu papel e devem ser respeitadas e compreendidas para que sejam aproveitados na composição do Equilíbrio.
Uma das mais demonizadas é o Medo, importante emoção ligada ao instinto de sobrevivência, e aí reside a sua força. Como a Raiva, o Medo é propulsor de movimentos. Na sua legitima compreensão, é um aliado valioso para a proteção.
Historicamente, foi justamente o Medo que propiciou o impulso necessário para os primeiros povos se reunirem em clãs, garantindo a sobrevivência coletiva.
Ansiedade, angústia, sofrimento aparecem quando NÃO vemos nem sentimos nosso medo, quando não o consideramos como parte da nossa natureza. A falta de consciência da sua legitimidade se transforma em dificuldades, obstáculo, paralisia e sofrimento nas mais variadas formas: medos inconscientes, medo da dor, da raiva, do rechaço e até do amor.
O Medo, como integrante condição humana, tem sempre algo a nos dizer, uma ideia, uma possibilidade, uma alternativa. Porém, ele pede nossa atenção, não sua repressão.
Um bom exemplo é o filhote de pássaro: Para deixar o ninho pela primeira vez, ele sente medo, dúvida, mas sua natureza instintiva o impele a voar. E voa junto com seu medo, descobrindo as maravilhas da sua natureza e do mundo ao redor.
Não podemos negar nossa natureza humana e animal no instinto de sobrevivência sem comprometer seriamente a conquista da nossa independência e liberdade, que não existem verdadeiramente se estiverem dissociadas da responsabilidade, razão pela qual o Medo é para ser conhecido, não vencido.
*Claudia Silva - Analista Bioenergética
www.conscienciaemocionalaplicada.com