A transição da Prefeitura do Rio de Janeiro passa a ser no mínimo temerária a partir de hoje, quando um nome do DEM fará a entrega da administração para outro nome do DEM.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã de hoje em uma operação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil. A ação que levou à prisão de Crivella é um desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março, que investiga um suposto esquema de pagamentos de propina para a liberação de contratos da Prefeitura do Rio, chamado de "QG da Propina". No total, a polícia tenta cumprir sete mandados de prisão .
Ao chegar à Delegacia Fazendária, na Cidade da Polícia, onde presta depoimento, Crivella falou rapidamente com os jornalistas. "Fui o prefeito que mais combateu a corrupção na Prefeitura do Rio de Janeiro", declarou, dizendo ainda que agora espera "justiça". Crivella disputou a reeleição em novembro, mas foi derrotado por Eduardo Paes (DEM) no segundo turno. Ele era apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Seu mandato termina em nove dias, em 31 de dezembro. .
Com a prisão de Crivella, quem assume o seu lugar é o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe (DEM), pois o vice-prefeito Fernando McDowell, morreu em maio de 2018. Jorge Felippe fará a transmissão das contas, registros e informações para Eduardo Paes, também do DEM, numa situação que pode gerar insegurança jurídica para quem participou da gestão atual.
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